O ex-presidente Lula está a caminho da prisão na sede da Polícia Federal em Curitiba.
Ele foi convocado a se apresentar ontem, até às 17 horas, mas resistiu por pouco mais de um dia.
Ficando de quinta a sábado últimos na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde começou sua vida política, Lula mostrou ao mundo que é um ídolo popular.
Às 16h30 de hoje, foi anunciado que Lula iria se entregar à Polícia Federal.
Houve vinte minutos de demora, porque Lula foi abraçar e posar para fotos ao lado de amigos e admiradores. Afinal, isso pode ser uma despedida.
Não se sabe o que poderão fazer com o ex-presidente, vide os casos de João Goulart e Juscelino Kubitschek, ambos há cerca de 42 anos.
Depois Lula entrou no carro, ao lado de seu principal advogado de defesa, Cristiano Zanin Martins, mas manifestantes solidários ao petista esboçavam a última resistência, bloqueando a saída.
Vários manifestantes, desesperadamente, pediam para Lula não se entregar.
Lula decidiu então sair a pé e entrar num carro que estava parado fora do sindicato e um comboio da polícia o acompanhou.
O ex-presidente então foi ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para ir a Curitiba, em companhia de Zanin.
JORNAL NACIONAL, DA REDE GLOBO, MOSTRA CELA INDIVIDUAL ONDE LULA FICARÁ PRESO.
Lula será o primeiro presidente da República a ser condenado por crime comum. A prisão onde ele ficará será "humanizada", com janela, mesa, cama de solteiro e banheiro.
Os oposicionistas de Lula comemoram, havendo uma grande festa. Para eles, um "novo período" de mudanças se inicia e eles começaram o domingo cheios de esperanças.
A grande mídia, evidentemente, festeja. Os reaças das mídias sociais, então, estão mais animados do que nunca.
O Brasil entra num período sombrio, mas, ao menos, as forças extremistas parece que vão baixar a guarda.
Como é preciso manter as aparências, não haverá talvez intervenção militar, a não ser que fatos excepcionais aconteçam para gerar isso.
Se for pelo que se observa hoje, a plutocracia terá que adotar uma agenda mais positiva: menos Jair Bolsonaro e mais Luciano Huck.
Até os reacionários mais raivosos ficarão calmos e alegres, e o empresário Oscar Maroni, do hotel Bahamas, está oferecendo de graça uma rodada de cerveja para celebrar a prisão do petista.
Para essas pessoas, que se revelaram após o golpe político de 2016 (que se consolida hoje), o Brasil voltará à "normalidade".
Essas pessoas terão esperança em ver um elitista comandando a República, sem a figura improvisada de Michel Temer que foi só um "governante de plantão" e já caminha para deixar o mandato, independente de completá-lo ou não.
O Brasil terá uma parcela da população em plena alegria, mas no conjunto da nação, será um cenário mais sombrio e melancólico.
Acredito que a Era Lula, oficialmente, chegou ao fim.
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