A duas semanas do julgamento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva , um fato simplesmente deixa as motivações desse evento em situação ridícula.
A juíza Luciana Corrêa Tôrres de Oliveira, da 2ª Vara de Execução e Títulos no Distrito Federal, decidiu penhorar o triplex do Guarujá, o edifício Solaris, alvo da Operação Lava Jato.
Sabe-se que Lula foi condenado, sem provas, de ter recebido da empreiteira OAS o triplex do Guarujá, que ainda responde, segundo a juíza, como proprietária do imóvel.
A condenação se deu em primeira instância por iniciativa de Sérgio Moro.
O julgamento poderá corroborar a condenação, e se isso ocorrer, será em segunda instância.
Mas a juíza do Distrito Federal complicou a situação dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, que conduzirão o julgamento.
A OAS foi determinada a penhorar quatro propriedades para pagamento de dívidas. Uma delas é o triplex atribuído a Lula.
A penhora confirmou que Lula não é dono do triplex, o que, em países menos imperfeitos, significaria a anulação do julgamento e a absolvição do ex-presidente no caso.
A atribuição do triplex a Lula é uma enorme gafe que deixa a grande mídia em situação vexaminosa.
Seus maiores comentaristas insistiam na tese de que Lula era o dono do triplex, chegando a esnobar o ex-presidente quando ele dava declarações desmentindo a acusação.
Faziam toda uma campanha desmoralizadora, transformando uma onda de boatos num "crime hediondo contra o Brasil".
Incitaram a revolta de muitos brasileiros por conta de uma fofoca que pode pôr a perder a carreira de um político progressista.
Ainda que o TRF-4 possa conseguir o objetivo de condenar Lula em segunda instância, vai ser uma tragicomédia de erros. Mais uma vitória de Pirro que vai aumentar as confusões da plutocracia.
Comentários
Postar um comentário