Começam os preparativos para o acontecimento do ano. Quer dizer, um arremedo de acontecimento.
Desde que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva foi alvo de acusações sem provas, condenado por boatos e hostilizado sem motivo, não era para haver esse julgamento.
Afinal, o motivo do julgamento era risível: a insistência do juiz midiático e parcial Sérgio Moro em dizer que Lula era o proprietário de um triplex no Guarujá, no litoral paulista.
O edifício tem o nome de Solaris e o triplex é um apartamento de classe média. Mas os anti-petistas insistem em tratar a propriedade como se fosse uma residência nababesca.
Mas, além de ser uma residência modesta, Lula não era o dono dela.
A prova de que o apartamento não é de Lula foi dada pela juíza Luciana Corrêa Tôrres de Oliveira, da 2ª Vara de Execução e Títulos no Distrito Federal.
Ela mandou penhorar o imóvel para pagar as dívidas da OAS. Portanto, é a empreiteira que responde como dona do imóvel.
Diante dessa anulação de um suposto crime, o que fará Lula ser julgado sem motivo, o julgamento do TRF-4 virou um acontecimento patético antes mesmo de se realizar.
Dá para perceber a força-tarefa que os desembargadores Vítor Laus, João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen estão fazendo para achar o crime de Lula.
A grande mídia também está ajudando, deve apelar para as fadas e os duendes para que surja, num piscar de olhos, um "crime terrível" cometido pelo ex-presidente.
Em todo caso, o próximo dia 24 será um dia tenso.
Não da parte das forças progressistas, que prometem manifestações pacíficas em Porto Alegre e outras principais cidades do Brasil, mas dos anti-petistas.
A fúria contra Lula se tornará intensa e, se caso o ex-presidente for condenado em segunda instância, haverá gritos eufóricos por parte dos direitistas.
Há uma pressão enorme para banir Lula da corrida de 2018 e, infelizmente, vejo o dia com muita apreensão.
Não sei o que vai acontecer, mas os golpistas de 2016 não querem ser derrotados. Esse é o grande problema.
Será uma quarta-feira daquelas.
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