Causou polêmica a declaração do deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL, na mais recente entrevista dada à Folha de São Paulo.
Ele disse que não sabe se hoje é "momento de união das esquerdas" em torno de Lula.
Freixo acredita que as esquerdas "pararam em 2013" e busca algo que, na aparência, soa novo.
Como um partido de classe média, o PSOL não parece profundamente inclinado às causas das classes trabalhadoras, com exceção dos sem-teto.
Aqui há que se convir da figura, até agora admirável, do líder do MTST, Guilherme Boulos, provável candidato pelo PSOL à Presidência da República.
Descontando este aspecto, o PSOL adotou posturas bastante estranhas.
Chico Alencar apareceu num evento em homenagem a Aécio Neves, teria se solidarizado com ele, e depois tentou desmentir a sua atitude.
O próprio Marcelo Freixo estava apoiando os trabalhos do xará Marcelo Bretas, o "Sérgio Moro" carioca.
E, se o PSOL não acredita nas alianças das esquerdas, visando o fortalecimento, nas urnas, das forças progressistas, ele parece dialogar com alguns setores conservadores do movimento VAMOS, inspirado no Podemos espanhol.
O VAMOS chega a ser comparado com o AGORA, de candidatos liberais.
E segue aquela tendência de criar partidos políticos sem o nome "partido" na sigla, como se a chamada "anti-política" ou "não-política" fossem significar alguma coisa de diferente.
O PSOL articula o VAMOS com outro partido, a REDE.
O discurso esquerdista parece ser muito mais ameno, e, culturalmente, menos progressista.
Vide o histórico apoio dos psolistas ao "funk", ritmo patrocinado pelas Organizações Globo.
O PSOL parece moderar seu ímpeto progressista, que já era relativo.
Periga o partido desembarcar do esquerdismo.
Comentários
Postar um comentário