Depois da condenação do ex-presidente Lula e da vitória da reforma trabalhista, que praticamente transformará a CLT em peça de museu, a plutocracia veio com mais uma.
Ela se esforça agora em tentar salvar o moribundo governo do presidente Michel Temer.
O governo, a essas alturas morto-vivo, ganhou uma vantagem na votação de ontem.
Com um troca-troca de deputados, alguns titulares substituindo suplentes, outros suplentes substituindo titulares, compôs-se a base da Câmara dos Deputados que favoreceu os interesses do temeroso governante.
Assim, a votação do relatório do deputado Sérgio Zveiter sobre a denúncia contra o presidente Temer resultou na negação do prosseguimento do processo no Supremo Tribunal Federal.
A votação se deu entre os membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
O resultado foi de 41 votos contra a denúncia e 24 a favor.
Com isso, o relatório de Zveiter foi rejeitado e um segundo relatório será feito por outro membro, o deputado Paulo Abi-Ackel (foto acima), do PSDB tucano.
Paulo Abi-Ackel é filho de Imbrahim Abi-Ackel, que havia sido ministro da Justiça do governo de João Figueiredo, o último da ditadura militar.
O segundo relatório será votado no dia 02 de agosto próximo.
O processo foi vergonhoso, porque, praticamente, foi Michel Temer, o denunciado, quem mexeu as peças.
Enquanto isso, as Organizações Globo atuam para tirar Lula da disputa em 2018.
Miriam Leitão, Merval Pereira e o Jornal Nacional já "deram ordens" para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, acelerasse o processo da condenação do ex-presidente Lula.
O presidente do órgão, Carlos Eduardo Thompson Flores, deve ser o Sérgio Moro da vez.
Será ele e sua equipe que trabalharão para julgar a condenação em segunda instância.
A mídia hegemônica torce para que seja o mais rápido possível, para que não ocorra em cima da época do registro das candidaturas à campanha presidencial de 2018.
A ideia é evitar que Lula seja candidato e sua condenação se efetive dentro das determinações da Lei da Ficha Limpa.
Lula fez um depoimento em São Paulo, a um público de admiradores, dizendo que "não está morto" e irá agir para poder ser candidato à Presidência da República.
Com uma bem-humorada ironia, Lula falou para a senadora e atual presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, presente na reunião: "Você vai ter um pré-candidato com um problema jurídico nas costas".
Lula também declarou: "Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara. Porque somente, na política, quem tem o direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro".
Vai ser uma grande queda de braço, entre o político mais popular nos últimos anos e os maiores detentores de poder financeiro no Brasil.
Para completar, Michel Temer fez um discurso dizendo que seus 14 meses de governo "revolucionaram o país".
Pelo jeito, Temer está muito bem sintonizado com os ventos de Primeiro de Abril de 1964.
Comentários
Postar um comentário