O Horário de Verão está em vigor, mas nem todo o país aderiu ao esquema.
Cidades como Salvador decidiram ficar de fora no esquema que prorroga o céu de tarde ainda no começo da noite.
Para elas, o céu fica escuro mesmo por volta de 18 horas.
Mas isso não é desculpa para ninguém prolongar a tarde saíndo para curtir as ruas.
Pelo contrário, fica até mais gostoso.
As pessoas deveriam transferir a curtição da madrugada para o período das 18 às 20 horas.
Mas o lance será andar nas ruas, curtir a areia da praia no começo do escuro, ficar nas praças conversando com as pessoas.
Perigo? Ora, se mais gente frequentar esses locais, os ladrões se sentem mais intimidados.
A opção de sair e andar pelas ruas entre o pôr-do-sol e as 20 horas, enchendo de movimento praças e calçadões de praias, é até uma recomendação social.
As pessoas terão um ganho enorme em saúde, economia de dinheiro e até na vida social se ficassem fora de casa nas primeiras horas da noite.
Não vale se refugiar em restaurantes ou estabelecimentos comerciais, que são outras casas.
Deixemos esses lugares com os movimentos que já têm, eles não precisam ficar superlotados por gente que decide não ficar em casa.
O que se fala é transformar calçadões da praia em lugares movimentados, não em locais onde uns poucos cidadãos esperam ônibus nos pontos e outros desembarcam dos que já chegam na parada.
É a pessoa ficar sentada na areia da praia vendo o brilho noturno das águas.
É um grupo de amigos não só fazendo luau, mas também jogando frescobol, futebol ou peteca.
É ver pessoas abandonando a preguiçosa rotina de ver televisão entre 18 e 20 horas, gastando chuveiro, ventilador e ar condicionado à toa, estourando o orçamento familiar.
É o pessoal estar nas ruas, no contato humano direto, que está faltando muito.
É o coroa grisalho poder reaprender a ser jovem, observando a vida ao ar livre.
São os jovens deixando de procurar amigos no WhatsApp, por encontrarem amigos nas praças e praias, no começo da noite.
Nesses horários, tornar a cidade movimentada se torna até uma receita de saúde e economia.
Com o contato livre da natureza, evita-se até o infarto diante de uma notícia amarga no telejornal.
As pessoas respiram mais o ar da noite, sentem seu frescor e têm a capacidade de andar e ver algo além dos mesmos prédios e produtos de lojas.
Dispensando os restaurantes, pode-se levar de casa um lanche com um sanduíche natural e refresco, bem mais saudável que o pratarrão engordurado dos jantares da moda.
Boas caminhadas, ar mais puro, e uma percepção da vida que não é a hipermediatizada pela TV e pela Internet.
Retiremos as tomadas de nossos corpos, vamos marcar um encontro conosco mesmos.
Indo para as ruas no começo da noite, exceto em dias de chuva, muitas vantagens podem ocorrer nas vidas das pessoas.
Haverá maior economia de energia elétrica, com umas duas horas diárias fora de casa.
E haverá menos estresse com a despreocupação em procurar uma novidade na mesmice da mídia e deparar, quando muito, com surpresas desagradáveis e decepções.
Portanto, a hora é deixar de ser refém do sofá e aproveitar a vida no começo da noite.
É a pessoa perder o medo de marcar encontro com ela mesma, sintonizar a vida ao ar livre.
É perder esse ranço midiático e consumista no isolamento preguiçoso das quatro paredes.
Muitos resistirão a essa ideia mas no final das contas, o saldo acumulado será muito mais positivo.
Mais dinheiro no bolso, mais saúde no organismo e, sobretudo, mais amigos.
As cidades que não contam com o Horário de Verão deveriam aderir a essa experiência fascinante da população sair de casa e curtir o lazer ao ar livre.
Prolongar a tarde mesmo quando o céu já se torna bastante escuro.
As autoridades poderiam estimular, com atrações culturais ao ar livre, cultura de rua e também melhorar o policiamento nesses horários.
Será uma experiência gratificante curtir uma BOA TARDE ainda no começo da noite.
Nada como dizer BOA TARDE entre as 18 e 20 horas. Vamos viver um pouco!!
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