Na última quinta-feira, a Edição das Seis, da Globo News, realizou uma reportagem sobre desemprego.
Nela se falou da conhecida recessão econômica, da necessidade de cortar gastos etc etc etc.
Como veículo de propaganda do governo Temer, a Globo é entusiasta da PEC 241.
Evidentemente, as Organizações Globo fazem parte da frente ampla que promoveu o assalto ao poder, jogando 54,5 milhões de votos no lixo.
Daí a lógica do corte: resolveu ficar apenas com os 367 votos da Câmara dos Deputados, dados em 17 de abril passado, e com os 61 votos do Senado no último 31 de agosto.
Portanto, o presidente Michel Temer é representado por apenas 428 parlamentares.
Praticamente uma prévia da eleição indireta que recolocará um tucano no poder. Neste ano, o Congresso Nacional pôs no poder um peemedebista alinhado com o tucanato.
E aí o otimismo dos comentaristas da Globo News deu uma pausa.
Mostrando caso de desempregadas cariocas fazendo peregrinação para obter trabalho, o noticiário da Globo News ainda divulgou que a recessão só vai acabar em 2020.
Nós temos a solução para essa recessão acabar bem mais rápido, e com grande sucesso.
É só a plutocracia que está no poder abrir mão de luxo, fortuna, viagens desnecessárias, festas pomposas e bens supérfluos.
A verdade é que a Globo não tem moral para mostrar reportagens sobre desemprego.
Seus donos, os irmãos Marinho, João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu, são detentores de uma fortuna de R$ 28,9 bilhões, segundo a revista Forbes.
Estão entre os mais ricos do Brasil e também do mundo.
Os multibilionários irmãos Marinho sonegam impostos e o Estado, em vez de cobrar algum tributo deles, ainda lhes presenteia com generosas verbas públicas para a publicidade.
Enquanto a PEC 241 vai impedir investimentos urgentes em hospitais e escolas, diante das restrições de gastos públicos, o dinheiro só se multiplica nos cofres dos Marinho.
Enquanto o desemprego atinge cerca de 12 milhões de desocupados, os Marinho praticamente mergulham na sua grana em dimensões nababescas.
A Globo exerce uma concentração de poder descomunal com a propriedade cruzada. Possuem de jornais e revistas impressos a portais de Internet, passando, é claro, pela famosa Rede Globo de Televisão.
A Globo exerce influência no inconsciente coletivo do povo brasileiro, em muitos casos atingindo gente que aparentemente abomina a corporação midiática, mas assimila seus valores.
Em parceria com a igualmente reacionária Jovem Pan (de outro grupo empresarial), a Globo fez uma gíria de clubbers drogados, "balada", transformar na "gíria de todos os brasileiros de todos os tempos".
A Globo dita o gosto popular do grande público - boa parte do brega-popularesco que atinge o "povão" é difundido pelo império midiático - e influi até no repertório tocado pelas FMs de pop adulto.
É um poder imperial, comparável ao dos tiranos do Império Romano.
E seus donos, extremamente ricos, devem rir do desemprego de muitos brasileiros.
Se o Estado confiscasse boa parte da fortuna dos Marinho e distribuíssem para a população, com toda a certeza boa parte do desemprego cairia no país e a renda dos brasileiros melhoraria de forma satisfatória.
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