O FUTURO PREFEITO DE SÃO PAULO, JOÃO DÓRIA JR.
A mídia patronal comemorou.
A campanha eleitoral de 2016 celebrou a derrota do PT e a reascensão do PSDB no cenário político.
É quase um esboço do que poderá ser, provavelmente, a campanha eleitoral de 2018.
Um dos símbolos dessa "nova fase" é a vitória do empresário João Dória Jr., aparentemente um outsider da política, já no primeiro turno das votações para a Prefeitura de São Paulo.
O PSDB teve melhor performance entre os partidos, com 18 prefeituras entre 93 cidades com mais de 200 mil habitantes em todo o Brasil.
Na campanha de 2016, o partido dos tucanos elegeu 14 prefeitos e está na disputa no segundo turno em 19 outras cidades, o que pode totalizar 33 novos prefeitos em 30 de outubro, se caso todos vencerem.
A dupla PMDB e PSDB, os dois partidos que comandam o governo Michel Temer, só não ganhou no Rio de Janeiro, pela falta de carisma dos candidatos Pedro Paulo Carvalho, defendido pelo atual prefeito Eduardo Paes, e o ex-secretário deste, Carlos Roberto Osório.
A vitória em primeiro turno de João Dória Jr., conhecido pejorativamente como "João Dólar", tirando a chance do atual prefeito, o petista Fernando Haddad, tentar a reeleição no segundo turno, foi um balde de água fria nas esquerdas.
O PT foi o partido mais prejudicado, pressionado pela campanha negativa da Operação Lava Jato.
Só ganhou uma prefeitura, a de Rio Branco, no distante Acre, e disputa segundo turno em Recife.
O partido de Lula ainda tem 14 prefeituras no mandato atual.
O PSOL está em segundo turno em duas cidades importantes, Belém, com Edmilson Rodrigues disputando com o favorito, o tucano Zenaldo Coutinho, e Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo disputando com seu xará, o pastor da Igreja Universal Marcelo Crivella, do PRB.
O esquerdismo, apesar do pequeno fôlego do PSOL, está enfraquecido.
Mesmo partidos como PSB e PDT estão em parte num contexto mais próximo da direita fisiológica.
A queda do PT, depois de uma grande campanha para prefeito e vereador nas urnas em 2004, estimulada pela vitória do presidente Lula em 2002, tornou-se uma grande derrota para as forças progressistas depois da saída definitiva de Dilma Rousseff.
E São Paulo, uma das três cidades-símbolo da decadência do Sul e Sudeste brasileiros, juntamente com Rio de Janeiro e Curitiba, representa esse cenário conservador.
Uma São Paulo que não consegue ser mais moderna e há muito deixou de ser a pretensa cidade-modelo para o resto do país.
E o Rio de Janeiro, que agora substituiu São Paulo na imposição de ideias e paradigmas para o país, teve o ultradireitista Carlos Bolsonaro como o mais votado vereador do Estado.
E, em Curitiba, Rafael Greca, do PMN, continuou sendo favorito, ainda que concorrendo no segundo turno, mesmo comentando que "vomitou" quando sentiu um cheiro de um pobre que o hoje candidato havia socorrido certa vez.
Faz parte desse Brasil ultraconservador e ensandecido em que vivemos.
João Dória Jr. já sinalizou posturas bastante reacionárias.
Apoiou a Escola Sem Partido e disse que "não renunciaria ao mandato" se fosse comprovado "trabalho escravo sob sua responsabilidade", mas tomaria apenas "providências legais".
O que significa uma minimização. Já se fala, nos debates sobre reforma trabalhista, em retirar direitos dos trabalhadores, obrigando-os a trabalhar mais e ganhar menos, com menos encargos e garantias.
O SUS, por exemplo, que já não era grande coisa, corre o risco de ser extinto.
Enquanto isso, a saúde corre o risco de ser totalmente privatizada, com as mensalidades que, entre os custos, incluem a coleção de paletós dos médicos de nome e seus ricos seminários e festas de gala.
Parece ironia, mas a verdade é que é isso mesmo que ocorre. Serviços privados acabam custeando o luxo de seus profissionais mais badalados.
É a plutocracia, que ainda tem uma conhecida figura do Judiciário processando atriz e escritores de livros, por causa de textos que não lhe agradaram.
Diante de atitudes como esta do ministro do STF, o Brasil está totalmente vulnerável, lembrando certo dia de dezembro de 1968.
Quando se fala que o Brasil está temeroso, está temeroso mesmo.
E não é para ficar sorrindo e brincando de WhatsApp ou lendo bobagens escritas por youtubers de segunda linha.
A mídia patronal comemorou.
A campanha eleitoral de 2016 celebrou a derrota do PT e a reascensão do PSDB no cenário político.
É quase um esboço do que poderá ser, provavelmente, a campanha eleitoral de 2018.
Um dos símbolos dessa "nova fase" é a vitória do empresário João Dória Jr., aparentemente um outsider da política, já no primeiro turno das votações para a Prefeitura de São Paulo.
O PSDB teve melhor performance entre os partidos, com 18 prefeituras entre 93 cidades com mais de 200 mil habitantes em todo o Brasil.
Na campanha de 2016, o partido dos tucanos elegeu 14 prefeitos e está na disputa no segundo turno em 19 outras cidades, o que pode totalizar 33 novos prefeitos em 30 de outubro, se caso todos vencerem.
A dupla PMDB e PSDB, os dois partidos que comandam o governo Michel Temer, só não ganhou no Rio de Janeiro, pela falta de carisma dos candidatos Pedro Paulo Carvalho, defendido pelo atual prefeito Eduardo Paes, e o ex-secretário deste, Carlos Roberto Osório.
A vitória em primeiro turno de João Dória Jr., conhecido pejorativamente como "João Dólar", tirando a chance do atual prefeito, o petista Fernando Haddad, tentar a reeleição no segundo turno, foi um balde de água fria nas esquerdas.
O PT foi o partido mais prejudicado, pressionado pela campanha negativa da Operação Lava Jato.
Só ganhou uma prefeitura, a de Rio Branco, no distante Acre, e disputa segundo turno em Recife.
O partido de Lula ainda tem 14 prefeituras no mandato atual.
O PSOL está em segundo turno em duas cidades importantes, Belém, com Edmilson Rodrigues disputando com o favorito, o tucano Zenaldo Coutinho, e Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo disputando com seu xará, o pastor da Igreja Universal Marcelo Crivella, do PRB.
O esquerdismo, apesar do pequeno fôlego do PSOL, está enfraquecido.
Mesmo partidos como PSB e PDT estão em parte num contexto mais próximo da direita fisiológica.
A queda do PT, depois de uma grande campanha para prefeito e vereador nas urnas em 2004, estimulada pela vitória do presidente Lula em 2002, tornou-se uma grande derrota para as forças progressistas depois da saída definitiva de Dilma Rousseff.
E São Paulo, uma das três cidades-símbolo da decadência do Sul e Sudeste brasileiros, juntamente com Rio de Janeiro e Curitiba, representa esse cenário conservador.
Uma São Paulo que não consegue ser mais moderna e há muito deixou de ser a pretensa cidade-modelo para o resto do país.
E o Rio de Janeiro, que agora substituiu São Paulo na imposição de ideias e paradigmas para o país, teve o ultradireitista Carlos Bolsonaro como o mais votado vereador do Estado.
E, em Curitiba, Rafael Greca, do PMN, continuou sendo favorito, ainda que concorrendo no segundo turno, mesmo comentando que "vomitou" quando sentiu um cheiro de um pobre que o hoje candidato havia socorrido certa vez.
Faz parte desse Brasil ultraconservador e ensandecido em que vivemos.
João Dória Jr. já sinalizou posturas bastante reacionárias.
Apoiou a Escola Sem Partido e disse que "não renunciaria ao mandato" se fosse comprovado "trabalho escravo sob sua responsabilidade", mas tomaria apenas "providências legais".
O que significa uma minimização. Já se fala, nos debates sobre reforma trabalhista, em retirar direitos dos trabalhadores, obrigando-os a trabalhar mais e ganhar menos, com menos encargos e garantias.
O SUS, por exemplo, que já não era grande coisa, corre o risco de ser extinto.
Enquanto isso, a saúde corre o risco de ser totalmente privatizada, com as mensalidades que, entre os custos, incluem a coleção de paletós dos médicos de nome e seus ricos seminários e festas de gala.
Parece ironia, mas a verdade é que é isso mesmo que ocorre. Serviços privados acabam custeando o luxo de seus profissionais mais badalados.
É a plutocracia, que ainda tem uma conhecida figura do Judiciário processando atriz e escritores de livros, por causa de textos que não lhe agradaram.
Diante de atitudes como esta do ministro do STF, o Brasil está totalmente vulnerável, lembrando certo dia de dezembro de 1968.
Quando se fala que o Brasil está temeroso, está temeroso mesmo.
E não é para ficar sorrindo e brincando de WhatsApp ou lendo bobagens escritas por youtubers de segunda linha.
Comentários
Postar um comentário