A grife do apresentador Luciano Huck, Use Huck, enfrenta mais um problema causado por suas mensagens "provocativas". Colocando na vitrine manequins com cabeça de macaco ou de veado, é inserida no vidro a mensagem "O preconceito está na sua cabeça".
A mensagem criada pelo artista Felipe Morozini, para a linha Inverno 2015 da marca. Segundo ele, a intenção era "fazer uma reflexão", não havendo o objetivo de ofender, mas de "abrir um diálogo sobre o preconceito em todas as frentes".
No entanto, a mensagem traz uma interpretação dúbia e pode sugerir não o debate sobre o preconceito, mas o reforço de visões ainda mais preconceituosas. Meses atrás, a grife Use Huck pôs frases também preconceituosas como "Vem ni mim que tô facim" e "Salve as baleias que eu salvo as sereias".
Luciano Huck é considerado uma das personalidades mais influentes no país. Seu raio de influência atinge até mesmo uma parcela de seus detratores, que não deixam de assimilar os valores e padrões comportamentais difundidos pelo apresentador.
Huck também é conhecido, juntamente com o empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono da Jovem Pan FM, por terem popularizado em São Paulo a gíria "balada", jargão associado ao público clubber e hoje um jargão ligado ao universo das subcelebridades, do mercado da moda e dos reacionários de classe média chamados "coxinhas".
O apresentador, amigo de Aécio Neves e simpatizante do PSDB, também é associado à popularização do "funk carioca" entre os jovens. O ritmo também usava um discurso de "combate ao preconceito", embora apostasse numa imagem estereotipada e caricata das comunidades pobres.
A gíria "É o Caldeirão", que quer dizer, "É o máximo", seria uma forma dos funqueiros agradecerem Luciano Huck pelo apoio que ele deu ao gênero, recebendo os mais diversos intérpretes do gênero, numa época em que intelectuais de esquerda desinformados definiram o "funk" como "discriminado pela grande mídia".
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